segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Violência e criminalidade no Brasil estão com os dias contados!!!



           Nessa segunda-feira, 23 de setembro de 2013,  entra em vigor a lei, no Distrito Federal, que proíbe a fabricação e comercialização de armas de brinquedo. Qualquer tipo de arma de brinquedo, não só as réplicas, mas também aquelas que disparam bolinhas, espumas, luzes a laser, que produzem sons ou projetam qualquer substância que faça associação às armas de fogo, estão proibidas no DF. O argumento que defende tal medida é o de inibir a cultura da violência e as brincadeiras que possam levar os jovens à criminalidade.
         Portanto, se você vive com medo de assaltos, instalou sistema de alarme de segurança na sua casa, não precisa mais ter  receio de ser furtado, assaltado ou morto. Provavelmente essa lei será estendida ao restante do Brasil, seus problemas acabaram!
          Agora, imagine só as seguintes cenas:
         “Zezinho, onze anos, morador da favela da Rocinha. Passou a manhã toda brincando com sua arminha que dispara bolhas coloridas de sabão. Seu tio Maneco passa no barraco, onde o menino mora com sua mãe e mais cinco irmãos, convidando o sobrinho para um assalto relâmpago. Rapidamente, Zezinho guarda seu brinquedinho e saca um 38, pronto para a ação criminosa!”
        Pode até aparecer no noticiário, à noite, na cobertura jornalística de mais um crime cometido por menor de idade. Aí a opinião pública vai ficar se perguntando o que levou o menino a tornar-se bandido. Falta de uma boa escola, de condições financeiras, de políticas públicas voltadas as crianças e aos adolescentes, a própria estrutura social que empurra milhares de jovens para a criminalidade? Não! A arma de bolhas, ela é a culpada!
           Ou então...
        “Lucas, dez anos, nasceu e cresceu numa família de classe média, frequenta escola particular, nunca precisou recorrer ao SUS quando adoeceu, cercado de amor e carinho pela família, adora ler e brincar no playground do prédio de condomínio fechado super seguro no qual mora. Certo dia, Lucas cansa da sua arma NERF que dispara raio-laser e pede de presente de aniversário para seu pai uma metralhadora. Decide criar uma gangue para aterrorizar o comércio local, com seus amiguinhos do playground.”
           Surreal, não? Parece que os autores dessa lei pensam que na realidade é assim.

domingo, 22 de setembro de 2013

Por que um escritor escreve?



          Alguém um dia afirmou que todos deveriam, durante sua vida, ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. Grande parte dos mortais consegue realizar os dois primeiros feitos. O último deles restringe-se aos escritores. Em tempos de internet, muitos se dizem autores e publicam livremente suas obras: livros, poemas, músicas, artigos, crônicas...Não cabe discutir a qualidade do que circula por aí. Mas o que faz alguém ter o impulso de expressar palavras escrevendo-as?
          O verdadeiro escritor, ou autor, é aquele que escreve por necessidade, pois se não o fizer, acaba sufocado pelo não escrito. As palavras transcendem a própria existência do escritor, elas exigem tomar forma, sair, libertar-se. O autor é livre quando consegue libertar suas palavras.
        Podemos perceber principalmente nos poetas essa necessidade. A poesia serve para quê? Nada além de expressar e comunicar o sentimento e a vida através de palavras. Ela não quer ensinar algo, informar ou instruir. Apenas leva o leitor, a cada verso, a sentir.
         Nos versos de Walt Withman:
“Esta manhã, antes do alvorecer, subi numa colina para admirar o céu povoado.
E disse à minha alma: Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?
E minha alma disse: Não, uma vez alcançados esses mundos prosseguiremos no caminho.”


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