Alguém um dia afirmou que todos
deveriam, durante sua vida, ter um filho, plantar uma árvore e escrever um
livro. Grande parte dos mortais consegue realizar os dois primeiros feitos. O último
deles restringe-se aos escritores. Em tempos de internet, muitos se dizem
autores e publicam livremente suas obras: livros, poemas, músicas, artigos,
crônicas...Não cabe discutir a qualidade do que circula por aí. Mas o que faz
alguém ter o impulso de expressar palavras escrevendo-as?
O verdadeiro escritor, ou autor, é
aquele que escreve por necessidade, pois se não o fizer, acaba sufocado pelo não
escrito. As palavras transcendem a própria existência do escritor, elas exigem
tomar forma, sair, libertar-se. O autor é livre quando consegue libertar suas
palavras.
Podemos perceber principalmente nos
poetas essa necessidade. A poesia serve para quê? Nada além de expressar e
comunicar o sentimento e a vida através de palavras. Ela não quer ensinar algo,
informar ou instruir. Apenas leva o leitor, a cada verso, a sentir.
Nos versos de Walt Withman:
“Esta
manhã, antes do alvorecer, subi numa colina para admirar o céu povoado.
E disse à minha alma: Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?
E minha alma disse: Não, uma vez alcançados esses mundos prosseguiremos no caminho.”
E disse à minha alma: Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?
E minha alma disse: Não, uma vez alcançados esses mundos prosseguiremos no caminho.”
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