quarta-feira, 4 de março de 2020

Pesquisa "Véio da Havan"


 Aí o teu filho precisa fazer uma pesquisa para a disciplina de empreendedorismo para a escola, sobre o véio da Havan. O que tu faz? Arregaça as mangas e produz um pequeno dossiê dessa trajetória tão "edificante". 

Luciano Hang

Origens e início da trajetória empresarial

Luciano Hang nasceu em Brusque, Santa Catarina, em 11 de outubro de 1962. É um empresário brasileiro que fundou e hoje administra as Lojas Havan (uma das maiores lojas de departamentos do Brasil).  Em 2019, foi eleito pela revista Forbes como o 21º homem mais rico do Brasil.
Começou a trabalhar aos 17 anos na Fábrica de Tecidos Carlos Renaux, onde seus pais trabalhavam. Depois comprou uma empresa de tecelagem, a Santa Cruz, onde expandiu seus negócios. Em 1986, juntamente com o sócio Vanderlei de Limas, abriu uma pequena loja de tecidos. Da sociedade surgiu o nome Havan (junção dos nomes Vanderlei e Hang).

Envolvimento com a política

Em 2018, Hang apoiou o então candidato à presidência Jair Bolsonaro e foi multado em R$ 10 mil pelo TSE por ter pago publicações no Facebook para impulsionar a campanha. Também há a acusação de ter pago disparos de mensagens por whatsapp contra o PT para impulsionar a campanha de Bolsonaro.

Processos e condenações

Em 1999 Hang foi acusado de contrabando pela Justiça, com a acusação de que não teria declarado 1500 quilos de veludo importados pelo porto de Itajaí. Essa foi a primeira acusação de uma série de denúncias que resultariam na condenação do empresário. Ele criou uma importadora de fachada, que não tinha sede própria nem empregados. Assim, conseguia adulterar faturas e notas fiscais como forma de esquentar os produtos comprados no exterior. Na mesma denúncia, o empresário foi acusado de usar duas contas em Miami para lavagem de dinheiro de origem criminosa.
Entre abril de 2005 e outubro de 2014, Luciano Hang realizou 50 empréstimos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar a expansão de suas atividades comerciais no país, resultando na abertura de quase 100 lojas em 13 estados do Brasil. Os empréstimos totalizam cerca de R$ 20,6 milhões.
Luciano Hang acumula uma dívida de R$ 168 milhões com a Receita Federal e o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), que deverá ser quitada em 115 anos.

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Intimidação e chantagem

O empresário também foi proibido pela justiça de adotar condutas capazes de influenciar votos de funcionários, durante a eleição de 2018, sob pena de multa de R$ 500 mil. Isso porque foi acusado pelo MPT de constranger seus 15 mil funcionários durante dois "atos cívicos" em diferentes lojas de Santa Catarina, nos quais dizia que a empresa poderia vir a "fechar as portas e demitir" seus colaboradores caso algum candidato de esquerda vencesse as eleições.

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As Lojas Havan são lojas de departamentos que vendem, prioritariamente, produtos importados da China, muitos de qualidade duvidosa. Além disso, a instalação desse tipo de comércio impacta grandemente o comércio local, de forma negativa. O empresário Hang costuma utilizar seu poder econômico para chantagear vereadores para aprovarem projetos que o beneficiem, como aconteceu em Jaraguá do Sul, em 2015. Hang anunciou a demissão de 200 funcionários e fechamento de duas lojas na cidade caso os vereadores não aprovassem o projeto que permitia a abertura do comércio aos domingos.

A polêmica como marketing

Na inauguração de uma loja em Santa Maria, RS, em 2019, Hang atacou as universidades públicas, dizendo:

“Eu, Luciano, não colocaria meu filho em uma universidade pública por que você educa seu filho e ele volta um comunista, não quer trabalhar e quer atrapalhar quem faz”.
“As pessoas que vão às universidades federais são doutrinadas para serem zumbis, para trabalharem dentro do governo e atrapalharem a iniciativa privada, para ser contra o empreendedor, para ser contra quem gera riqueza nesse país”.

Em dezembro de 2019, Hang publicou um vídeo em suas redes sociais, criticando a obrigação de ter de colocar piso tátil e de disponibilizar cadeira de rodas automática em loja na cidade de Chapecó (SC). No vídeo, Hang critica a exigência e aquilo que chama de burocracia, desconsiderando a legislação vigente sobre o tema.

Recentemente, cerca de 30% dos funcionários da loja Havan em Santa Cruz do Sul (RS) foram demitidos. Empregados relatam que há uma queda na frequência de clientes e que a empresa estabeleceu metas imbatíveis como o objetivo de justificar as demissões.

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