Aí o teu filho precisa fazer uma pesquisa para a disciplina de empreendedorismo para a escola, sobre o véio da Havan. O que tu faz? Arregaça as mangas e produz um pequeno dossiê dessa trajetória tão "edificante".
Luciano Hang
Origens e
início da trajetória empresarial
Luciano Hang
nasceu em Brusque, Santa Catarina, em 11 de outubro de 1962. É um empresário
brasileiro que fundou e hoje administra as Lojas Havan (uma das maiores lojas
de departamentos do Brasil). Em 2019,
foi eleito pela revista Forbes como o 21º homem mais rico do Brasil.
Começou a
trabalhar aos 17 anos na Fábrica de Tecidos Carlos Renaux, onde seus pais
trabalhavam. Depois comprou uma empresa de tecelagem, a Santa Cruz, onde
expandiu seus negócios. Em 1986, juntamente com o sócio Vanderlei de Limas,
abriu uma pequena loja de tecidos. Da sociedade surgiu o nome Havan (junção dos
nomes Vanderlei e Hang).
Envolvimento
com a política
Em 2018, Hang
apoiou o então candidato à presidência Jair Bolsonaro e foi multado em R$ 10
mil pelo TSE por ter pago publicações no Facebook para impulsionar a campanha. Também
há a acusação de ter pago disparos de mensagens por whatsapp contra o PT para
impulsionar a campanha de Bolsonaro.
Processos e condenações
Em 1999 Hang
foi acusado de contrabando pela Justiça, com a acusação de que não teria
declarado 1500 quilos de veludo importados pelo porto de Itajaí. Essa foi a
primeira acusação de uma série de denúncias que resultariam na condenação do
empresário. Ele criou uma importadora de fachada, que não tinha sede própria
nem empregados. Assim, conseguia adulterar faturas e notas fiscais como forma
de esquentar os produtos comprados no exterior. Na mesma denúncia, o empresário
foi acusado de usar duas contas em Miami para lavagem de dinheiro de origem
criminosa.
Entre abril
de 2005 e outubro de 2014, Luciano Hang realizou 50 empréstimos junto ao Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar a
expansão de suas atividades comerciais no país, resultando na abertura de quase
100 lojas em 13 estados do Brasil. Os empréstimos totalizam cerca de R$ 20,6
milhões.
Luciano Hang
acumula uma dívida de R$ 168 milhões com a Receita Federal e o Instituto
Nacional de Seguro Social (INSS), que deverá ser quitada em 115 anos.
Fonte:
Intimidação e chantagem
O empresário também foi proibido pela justiça de
adotar condutas capazes de influenciar votos de funcionários, durante a eleição
de 2018, sob pena de multa de R$ 500 mil. Isso porque foi acusado pelo MPT de
constranger seus 15 mil funcionários durante dois "atos cívicos" em
diferentes lojas de Santa Catarina, nos quais dizia
que a empresa poderia vir a "fechar as portas e demitir" seus
colaboradores caso algum candidato de esquerda vencesse as eleições.
Fonte:
As Lojas
Havan são lojas de departamentos que vendem, prioritariamente, produtos
importados da China, muitos de qualidade duvidosa. Além disso, a instalação
desse tipo de comércio impacta grandemente o comércio local, de forma negativa.
O empresário Hang costuma utilizar seu poder econômico para chantagear
vereadores para aprovarem projetos que o beneficiem, como aconteceu em Jaraguá
do Sul, em 2015. Hang anunciou a demissão de 200 funcionários e fechamento de
duas lojas na cidade caso os vereadores não aprovassem o projeto que permitia a
abertura do comércio aos domingos.
A polêmica
como marketing
Na
inauguração de uma loja em Santa Maria, RS, em 2019, Hang atacou as
universidades públicas, dizendo:
“Eu, Luciano, não colocaria meu filho
em uma universidade pública por que você educa seu filho e ele volta um
comunista, não quer trabalhar e quer atrapalhar quem faz”.
“As pessoas que
vão às universidades federais são doutrinadas para serem zumbis, para
trabalharem dentro do governo e atrapalharem a iniciativa privada, para ser
contra o empreendedor, para ser contra quem gera riqueza nesse país”.
Em dezembro
de 2019, Hang publicou um vídeo em suas redes sociais, criticando a obrigação
de ter de colocar piso tátil e de disponibilizar cadeira de rodas automática em
loja na cidade de Chapecó (SC). No vídeo, Hang critica a exigência e aquilo que
chama de burocracia, desconsiderando a legislação vigente sobre o tema.
Recentemente,
cerca de 30% dos funcionários da loja Havan em Santa Cruz do Sul (RS) foram
demitidos. Empregados relatam que há uma queda na frequência de clientes e que
a empresa estabeleceu metas imbatíveis como o objetivo de justificar as
demissões.
Fonte:
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