A escola precisa de gente. O processo educativo ocorre além da sala de aula. Uma biblioteca precisa de um profissional para cuidar do acervo, organizar visitas e administrar empréstimos de livros. Uma sala de recursos digitais necessita de pessoas com o mínimo de conhecimento sobre os equipamentos e a internet, alguém que conecte cabos e verifique se há mouses e fones de ouvidos suficientes. Um recreio necessita de monitores que acompanhem as crianças, evitem brigas, estimulem a recreação e a convivência. Quando um estudante não aprende o que é previsto para aquele ano letivo e para sua idade, ele precisa de pessoas que o acolham e trabalhem essas dificuldades. Professor de reforço pedagógico, profissionais da saúde para avaliar e, se for o caso, diagnosticar transtornos de aprendizagem ou deficiências.
E assim seguimos: conectando cabos, escolhendo livros na biblioteca nos segundos do intervalo, apartando brigas nos recreios, remediando dificuldades de aprendizagem que se avolumam, nos angustiando com deficiências e transtornos não diagnosticados, nos embaralhando com os múltiplos braços inexistentes de deusas que não somos.
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