Chega um tempo em que não há estranhamento e quase nada pode ser chamado de novo.
Palavras, imagens e sons se repetem, infinitamente, rodando e confundindo o pensamento.
A beleza é artifício, ilusória e banal.
O toque já não causa arrepio, apenas sensação dormente e ligeira.
O amor é breve e egoísta.
O vinho amortece o que dói na carne mas não no espírito, amarga a boca e mancha as lembranças.
A lágrima cai, mas não liberta a angústia, apenas acompanha a incerteza.
As expectativas são sem brilho, antecedendo seu fim morno e inevitável.
Quando a vida não surpreende, a morte não assusta.
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