Igualdade social, estabilidade econômica, pouca violência e
criminalidade, serviços públicos de qualidade e o melhor ensino do mundo. A
Finlândia, país localizado no norte da Europa, parece ter descoberto a fórmula
mágica para que os alunos tenham sucesso
na escola. No topo do ranking das mais importantes avaliações mundiais da
educação, o país serve de modelo para outros que, como o Brasil, demonstram uma
dificuldade histórica para obter êxito nas salas de aula.
Obviamente, trata-se de uma cultura distinta da nossa, na
qual a educação é muito valorizada. Esse é o primeiro ponto: para ser professor
na Finlândia é necessário ser muito bom: as vagas nos cursos de formação desses
profissionais são mais disputadas do que os cursos de Medicina. A formação é
sólida, existindo inclusive uma espécie de “residência docente” que proporciona
contato com a realidade da sala de aula durante o curso de graduação. No vídeo "Destino: Educação - Finlândia" o diretor de uma escola finlandesa afirma que há confiança nos
profissionais formados e em suas capacidades, por isso os mesmos têm liberdade ao elaborar seus planos
de ensino ( dentro das diretrizes nacionais); não há sistema de controle nesse
sentido. Há cronogramas, objetivos e conteúdos, mas cabe a cada professor
escolher o que é melhor para seus alunos.
Um ponto extremamente importante é que os alunos com
desempenho mais “fraco” não são deixados de lado: para esses, existem as aulas
de apoio, em turmas paralelas. Nada diferente do que é previsto no Brasil: o
diferencial é que lá as aulas realmente acontecem e são ministradas por
profissionais destinados exclusivamente para isso.
Os alunos não se sentem pressionados e não há competição para
ser o melhor (apesar de haver notas e provas, que são realizadas para
esclarecer o aprendizado e reorganizar o trabalho docente, se necessário, e não
para julgar ou classificar os alunos).
O Diário do Centro do Mundo (http://www.diariodocentrodomundo.com.br), num artigo
de Paulo Nogueira, destaca alguns pontos básicos do sistema finlandês:
2)Todas as escolas são públicas, e oferecem, além do ensino, serviços médicos e dentários, e também comida.
3) Os professores são extraídos dos 10% mais bem colocados entre os graduados.
4) As crianças têm um professor particular disponível para casos em que necessitem de reforço.
5) Nos primeiros anos de aprendizado, as crianças não são submetidas a nenhum teste.
6) Os alunos são instados a falar mais que os professores nas salas de aula. (Nos Estados Unidos, uma pesquisa mostrou que 85% do tempo numa sala é o professor que fala.)
Evidente que não se trata de copiar um modelo de fora, inserido numa realidade bem diferente da brasileira. Mas bons exemplos precisam ser divulgados, discutidos, analisados, apreendidos e, por que não, adaptados?
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