No dia 26 de julho comemora-se o Dia da
Avó. Não é uma data muito lembrada. Uma pena, pois as avós merecem todo o nosso
carinho e respeito sempre. Costumo dizer que meus dois filhos são muito
sortudos por terem nascido e crescido com o carinho e presença de duas mulheres
extraordinárias.
Dizem que amor de avó estraga
porque é demais. Amor em exagero não faz mal nenhum. Pelo contrário, ajuda a
criar crianças felizes. Esse sentimento inicia antes mesmo do nascimento dos
netos: a preparação de cada detalhe, a expectativa, as preocupações. Depois,
essas senhoras não medem esforços para ajudar em tudo. Minha mãe, já com seus
setenta e poucos anos, saía de casa todas as tardes, subia vários andares para
chegar ao meu apartamento, durante semanas, para banhar o bebê que eu, mãe
insegura e inexperiente, temia afogar na banheira. Ou então a sogra, que
segurava corajosamente uma mamadeira e tentava alimentar o neto ( que só queria
saber de peito), enquanto eu assistia às aulas na faculdade.
Santo de casa não faz milagre? Pois
as avós fazem! É aquele truque infalível, a receitinha caseira, o segredo
aprendido com outras mulheres tão ou mais sábias que elas: o paninho quente na
barriga para aliviar cólica, o cafuné no pescoço que faz aquela criaturinha que
chorou a noite toda pegar no sono e dormir por três ou quatro horas seguidas...
Que alívio!
Há quem diga que não existe lugar
melhor que nosso lar. Existe: a casa da avó. Ou, mais especificamente, a
cozinha dela, de onde saem aromas que o olfato jamais esquecerá. E o gostinho
caseiro do amor verdadeiro, que também nos acompanhará vida afora, com aquela
nostalgia, uma saudade eterna, das tardes mais felizes de nossa infância... Ou
da infância dos nossos filhos, caso sejam presenteados pela vida com esses
seres fantásticos que são as avós. Vida longa para todas elas!
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